Intercorrências na harmonização orofacial: O que fazer?

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A Harmonização orofacial é uma especialidade da nova da Odontologia e que vem crescendo dia após dia.

Como qualquer especialidade odontológica, é necessário que o Cirurgião-Dentista procure ter conhecimento sobre a área para que consiga realizar com maestria os diversos tipos de procedimento e que também saiba tratar as intercorrências que podem aparecer.

Quando uma intercorrência acontece durante ou após o procedimento o profissional deve estar preparado para agir e saber tratá-las da melhor maneira possível, transmitindo segurança ao seu paciente.

Por isso é necessário que o dentista conheça os tipos de complicações, bem como as causas mais comuns desses episódios para, se possível, evitar que eles aconteçam e saber lidar com os mesmos.

Nesse contexto, veja o texto que preparamos para você sobre intercorrências na harmonização orofacial.

O que são intercorrências?

Antes de entrarmos propriamente no assunto precisamos definir o que é intercorrência. A palavra intercorrência é derivada da palavra intercurso. Ou seja, é algo que pode acontecer durante o curso daquele determinado procedimento. Assim, podemos dizer que é um efeito ou reação já esperada pelo profissional.

Portanto, as intercorrências, podem acontecer em qualquer tipo de situação clínica,  seja ela mais simples ou complexa. Isso porque nosso organismo pode responder de diversas formas  àquela invasão exterior.

Além disso, intercorrências sistêmicas e de outra natureza podem acontecer e podem estar relacionadas ou não com o seu procedimento. Por isso, o profissional deve dominar esses eventos para saber como lidar com eles.

Todos os profissionais estão sujeitos a ter uma intercorrência antes de falarmos sobre o que pode ou não acontecer durante um procedimento de Harmonização orofacial.

Portanto, você deve conhecê-las e estar preparado para resolvê-las, uma vez que é inevitável que elas aconteçam durante a vida profissional.

Qual a diferença entre Intercorrências e complicações?

Antes de entrarmos nos tipos de intercorrência na harmonização orofacial mais comuns precisamos também definir a diferença entre dois termos: intercorrência e complicação.

A palavra complicação se refere ao agravamento observado durante a evolução de um problema de saúde. Ou seja, é uma piora no quadro clínico do paciente e pode estar associado ao aparecimento de sintomas derivados do surgimento de alguma doença.

Ou seja, o paciente já tem alguma alteração e ela se complica o agrava com o passar do tempo. Intercorrência é algo que pode acontecer no decorrer de  determinado procedimento. Assim, podemos dizer que é um efeito ou reação já esperada pelo profissional.

Por isso é importante ressaltar que o Cirurgião-Dentista deve estar consciente das intercorrências e complicações que possam surgir durante o procedimento que está realizando.

Antes de realizar o procedimento todas as possíveis intercorrências devem ser informadas ao paciente que poderá optar ou não pela realização do tratamento já sabendo dos riscos envolvidos.

Também vale lembrar que tanto as intercorrências como as complicações podem surgir em maior ou menor intensidade de acordo com a situação atual do paciente, seu sistema imunológico e seu quadro clínico de saúde.

Sabendo dessas questões o melhor é estudar e saber como tratar e abordar cada tipo de intercorrência.

Como funciona a Intercorrência na harmonização orofacial?

intecorrencia procedimento

As intercorrências na Harmonização orofacial são um sinal de alerta para profissionais e pacientes, pois significam que o procedimento realizado apresentou uma evolução desfavorável, e que algo precisa ser feito para voltar o tratamento para normalidade.

Podem existir diversos tipos de intercorrências, como as locais ou as sistêmicas, como processos alérgicos. As intercorrências na harmonização orofacial mais comuns são as relacionadas com os preenchedores faciais de ácido hialurônico e são classificadas por alguns autores de acordo com o tempo do surgimento destes efeitos no paciente.

Quais os tipos de intercorrências que podem ocorrer no procedimento de harmonização?

Partindo do pressuposto que as intercorrências em Harmonização orofacial são um fato já esperado e que provavelmente irá acontecer, devemos nos precaver, estudar e entender os processos para evitar surpresas.

Um tipo de intercorrência comum é a reação inflamatória aguda que costuma ocorrer após o início do procedimento e pode durar até 72 horas. Nesse período, pode-se observar alguns sinais clássicos da inflamação como:

Edema

O edema é caracterizado pelo aumento de volume causado principalmente pela fase exsudativa e produtiva-reparativa causada pelo aumento de líquido e de células.

Dor

A dor é originada por mecanismos mais complexos que incluem compressão das fibras nervosas locais devido ao edema, agressão direta às fibras nervosas e ação farmacológica sobre as terminações nervosas.

Calor

O calor é derivado da fase vascular da inflamação, onde há hiperemia arterial (que é o aumento do volume sanguíneo no local) e, consequentemente, aumento da temperatura local.

Vermelhidão

A vermelhidão local acontece por causa da hiperemia. Ou seja, a vasodilatação dos vasos e aumento do fluxo sanguíneo na região.

Por isso, o profissional já deve esperar que essas fases do processo inflamatório aconteçam e deve orientar o seu paciente quanto às mesmas e o que ele deve fazer para controlá-las ou reduzi-las.

Um procedimento comum de apresentar edema é após o preenchimento labial. É normal ocorrer um inchaço local nos primeiros dias após o procedimento.

Portanto, o paciente precisa saber que esse inchaço irá diminuir de maneira gradual no decorrer dos dias e que ter esse tipo de sintoma está dentro da normalidade esperada.

O que aumenta os riscos de intercorrências?

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Apesar de serem eventos considerados  normais ou esperados, muitos tipos de intercorrências podem ser evitadas ou minimizadas se o profissional tiver alguns cuidados e se  paciente seguir rigorosamente os cuidados após o procedimento.

Alguns fatores técnicos que podem interferir e aumentar o risco de intercorrências, são eles:

Falta de domínio dos medicamentos e material cirúrgico ou teoria do procedimento

O profissional deve dominar os fundamentos práticos e teóricos de todos os procedimentos que executa. É por meio dos conhecimentos teóricos que o Cirurgião-Dentista saberá como agir diante de uma intercorrência, efeito adverso ou complicação.

Falha no diagnóstico do paciente

Tudo começa por uma boa anamnese, levantamento de necessidades ou queixa do paciente e de um correto diagnóstico e plano de tratamento.

Deve-se fazer uma avaliação criteriosa do rosto do paciente, o reconhecimento das suas necessidades e também das particularidades de cada indivíduo são pontos determinantes para o bom andamento do processo de harmonização.

Essa é a base de qualquer tratamento e não pode ser negligenciada, pois favorece a incidência de intercorrências. Então, devem ser estudados os aspectos físicos e anatômicos do rosto, bem como as áreas de risco que merecem atenção redobrada

Falha na antissepsia da região trabalhada

A antissepsia antes do procedimento deve ser rigorosa aplicando o passo a passo indicado para cada tipo de tratamento. Pular essa etapa ou realizá-la de maneira inadequada pode gerar consequências, infecções e processos mais graves para o seu paciente.

Agulha com inclinação errada durante a aplicação

Quando comete esse tipo de erro, o Cirurgião-Dentista não tem domínio sobre a anatomia facial e nem sobre todos os fatores necessários para um bom resultado da harmonização.

O uso da agulha em ângulos diferentes pode provocar resultados diferentes do previsto. Essas intercorrências podem causar, além da alteração do resultado, algumas complicações relacionadas a compressão de vasos sanguíneos. Portanto, invista em um bom treinamento prático antes de começar.

Como proceder em caso de intercorrências?

Em casos de intercorrência a primeira providência é atender o paciente e tranquilizá-lo informando o que está acontecendo e como isso será resolvido. Não tem nada pior do que deixar o paciente inseguro ou desassistido.

Diante de uma intercorrência é necessário saber sobre o quadro e entender porque ocorreu. Dessa forma você saberá tratá-la da melhor forma possível.

É possível prevenir intercorrências na harmonização orofacial?

Todos nós dentistas estamos sujeitos a ter intercorrências nos tratamentos, em qualquer especialidade ou nível de exercício, pois algumas delas estão relacionadas a fatores individuais de cada paciente.

No entanto, podemos reduzir as chances de intercorrência durante ou após os procedimentos de Harmonização orofacial se nos atentarmos para algumas dicas abaixo:

  • Uso de cânulas ou agulhas de maior calibre, diminuindo o trauma tecidual e a taxa de complicação;
  • Uso de agente antisséptico na prevenção de contaminação bacteriana na antissepsia da pele antes da realização do procedimento;
  • Escolha de gel com duração específica e conhecida pelo Cirurgião-Dentista. Um produto com duração maior resulta em intercorrências mais longas.
  • Conhecer anatomia do rosto e o plano de aplicação;
  • Evitar zonas de risco como região de glabela, sulco nasolabial e dorso nasal. São locais que podem sofrer com complicações graves, como dificuldade respiratória e prejuízo à visão;
  • Ter disponível a enzima Hialuronidase. Ela degrada enzimaticamente o ácido hialurônico e pode ser usada em eventos adversos de início imediato (até 24 horas), precoce (até 30 dias) ou até tardio (após 30 dias). A substância deve estar à disposição para que possa ser usada a tempo, caso seja necessário.

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Conclusão

Intercorrência na harmonização orofacial é um efeito ou reação já esperada pelo profissional. Elas podem acontecer em qualquer tipo de situação clínica,  seja ela mais simples ou complexa. Isso porque nosso organismo pode responder de diversas formas  àquela invasão exterior.

As intercorrências na Harmonização orofacial são um sinal de alerta para profissionais e pacientes, pois significam que o procedimento realizado apresentou uma evolução desfavorável, e que algo precisa ser feito para voltar o tratamento para normalidade.

Para evitá-las, o cirurgião dentista deve investir no seu treinamento prático e teórico, realizar corretamente o diagnóstico e planejamento do paciente integrado às suas necessidades.

Ao identificar intercorrências o dentista deve atender prontamente o paciente identificado o que acontecer, a causa e tratando da melhor maneira possível, tranquilizando o paciente.

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