Com função cada vez mais importante nos consultórios e clínicas odontológicas, o fotopolimerizador é um aparelho que emite uma luz, geralmente azulada, que ativa a canfronquinona. Essa substância está presente nos compostos de resina e em outros produtos odontológicos, ajudando a endurecer os tecidos.
A chamada fotoativação, prepara os materiais resinosos (resina composta, sistema adesivo, cimento resinoso), ajudando na formação de polímeros na peça que está sendo trabalhada ou produzida.
O mercado odontológico oferece diversas marcas, tipos e modelos, mas, para escolher o melhor é preciso levar em conta suas principais características: capacidade de cura rápida, segura, durável e uniforme; controle do tempo e potência; alcance; ergonomia e leveza, além da uniformidade do feixe de luz.
Os aparelhos mais convencionais emitem uma luz incandescente, sendo composto basicamente por uma lâmpada de filamento de tungstênio (bulbo e refletor), filtro, sistema de refrigeração (ventilação) e fibras ópticas para condução da luz. As lâmpadas utilizadas podem ser halógenas ou LEDs.
O aparelho muito usado por profissionais que realizam procedimentos com aplicação de produtos fotossensíveis é indicado também para sessões de clareamento dos dentes, colagem de bráquetes ou ainda acessórios ortodônticos. Entre as vantagens do aparelho, destaque para o não aquecimento da resina ou do dente durante o procedimento, são compactos, leves e de baixo consumo de energia.
O que é o fotopolimerizador?
O fotopolimerizador é um aparelho que emite uma luz azulada, por meio de um espectro. O comprimento da onda é visível e de aproximadamente 400nm a 520nm, que ativa produtos odontológicos fotopolimerizáveis e o bisgma da resina, contribuindo para seu endurecimento.
Denominado polimerização, esse processo significa a reação química da luz do aparelho que faz com que a resina endurece e se fixe ao dente.
Estes aparelhos podem trabalhar com dois tipos de luzes. A halógena, usada nos modelos mais antigos, é totalmente branca, mas ao passar por filtros ópticos, acaba liberando a luz azul. Esse processo acaba aquecendo o aparelho, por isso ele precisa ser refrigerado, por meio de ventoinhas.
Já os modelos mais recentes usam luzes de LED, que já emite a luz azul direto, eliminando os riscos de aquecimento do equipamento. Eles são indicados para uso em todos os procedimentos que necessitem de aplicação de produtos fotossensíveis.
Para que serve o fotopolimerizador?
Popularmente conhecido como um aparelho que conduz luz azulada, o fotopolimerizador facilita os processos durante os tratamentos dentários no dia a dia do consultório. Por ativar a canforoquinona, presente nos compostos de resina e em outros produtos odontológicos, ele endurece o tecido.
Especialmente usado em restaurações com resinas compostas, ionômeros e adesivos, colagem de bráquetes e acessórios ortodônticos e até em clareamento. Em especial pela luz azul deixar os dentes mais brancos, enquanto a vermelha previne o aparecimento de novas manchas.
Procedimentos odontológicos nos quais se pode usar o fotopolimerizador
Amplamente difundido no mercado odontológico, o fotopolimerizador já faz parte do arsenal clínico de todo profissional que adota avançadas tecnologias em seus protocolos de atendimentos.
Ele é um aparelho usado em praticamente todos os processos que precisam de secagem rápida. Em especial nas restaurações com resina, aplicação de selante dental e remoção de manchas brancas.
É um tipo de laser, que aumenta a microcirculação do local aplicado, ajudando também na absorção de anestésicos, caso o paciente necessite deste recurso. A laserterapia contribui ainda no tratamento de pacientes com hipersensibilidade nos dentes, associada a dor aguda e de curta duração.
Funcionamento do aparelho
A luz emitida pelo fotopolimerizador desencadeia uma reação química nos produtos usados pelo dentista.
No caso da resina composta fotopolimerizável acaba desencadeando uma alteração química em cadeia, conhecida por polimerização, resultando no endurecimento da resina. Na colagem dos bráquetes dos aparelhos ortodônticos, o cimento aplicado em sua base, irá fixá-lo no local desejado.
Essa luz azul é também conhecida como laser e contribui para potencializar os produtos utilizados nos clareamentos dos dentes.
Essa terapia tem muitas vantagens, em especial por reduzir a sensibilidade na arcada dentária, muito comum neste tipo de tratamento. Estes aparelhos podem funcionar por meio de fonte de energia, tipo tomada comum e a bateria recarregável, que acabam sendo mais práticos e modernos.
Como escolher o melhor fotopolimerizador?
Com os avanços da indústria voltada para o mercado odontológico, são diversos fabricantes, modelos e tipos de fotopolimerizadores disponíveis.
Mas antes de optar por um determinado modelo é preciso verificar cada detalhe do aparelho, como sua eficiência, sua anatomia que facilite o manuseio pelo profissional, entre outros detalhes, como a importância da fotoativação.
É ela que irá preparar os materiais resinosos, fazendo com que sua conversão seja maior ou não, dependendo da potência do aparelho. Ou seja, não adianta produzir bons materiais se o dentista não conseguir que o fotopolimerizador forme uma boa quantidade de polímeros na peça, que permita o sucesso do processo químico. Se não ocorrer uma fotoativação completa e eficaz. Por isso é importante estar atento:
– Ao tipo de ponteira. Sua escolha fará a diferença em relação ao alcance da luz e a restauração da peça. O mercado oferece dois tipos de ponteiras: as transmissoras diretas e indiretas. Elas podem ser fabricadas em plástico ABS, fibra de vidro ou acrílico e precisam ser bem uniformes para não gerar problemas ou defeitos quando forem usadas;
– A Luz de irradiação. Quanto maior for a potência do aparelho, maior também será o poder de penetração da luz, tornando o trabalho mais eficiente. Identificada em mW (megaWatts) essa potência independe da área da ponta transmissora do aparelho. Para materiais resinosos translúcidos o ideal de exposição é de 20 segundos e resinas opacas por 40 segundos. Por isso a opção deve ser sempre por aparelhos mais modernos e potentes;
– Área de ponta ativa. Esse é outro detalhe que merece atenção especial no momento da escolha do aparelho. Pois quanto menor for a área de ponta ativa, maior será a intensidade da luz emitida por ele. Normalmente essas pontas têm diâmetros inferiores a um mm².
– Radiômetro acoplado. Alguns modelos de fotopolimerizadores já saem de fábrica com radiômetro acoplado, o que facilita o acompanhamento da intensidade de luz e da potência emitida. Uma vez que o aparelho deve ser regulado frequentemente.
Porém, como o feixe de luz estará concentrado em uma determinada área, o dentista poderá precisar fotoativar vários pontos da mesma peça, para ter maior abrangência de conversão.
Lembrando que os melhores fotopolimerizadores serão aqueles que podem oferecer em um único aparelho a cura rápida, segura, durável e uniforme, com controle maior de tempo e de potência e com maior abrangência para facilitar o tratamento e o alcance de todos os dentes, em especial os posteriores.
Intensidade da luz emitida
Com os avanços da tecnologia o mercado oferece fotopolimerizadores à base de LEDs extremamente eficientes e potentes, com intensidade da luz emitida superior a 1000 mW/cm2 e comprimento de onda entre 420 nm e 515 nm. Vantagem essencial sobre os aparelhos mais antigos que usam lâmpadas halógenas. Medidas ideais para se obter bons resultados para a polimerização dos materiais resinosos, por exemplo.
No entanto, na prática odontológica a canfronquinona, principal foto iniciador tem sido ativada por aparelhos que emitem ondas entre 400 nm e 500 nm com pico de absorção em 468 nm. Para maior durabilidade do aparelho e da ponteira, em especial é preciso guardá-lo em local apropriado, onde o condutor de luz não tenha contato algum com solventes ou substâncias que contenham acetona.
O desligamento do aparelho é outro ponto de atenção. Geralmente ele se desliga automaticamente ao ficar sem uso por dois minutos ou mais, mas caso isso não ocorra, melhor desligá-lo manualmente.
Ergonomia do aparelho
Esse ponto é crucial no momento da escolha de um fotopolimerizador. Isso porque em alguns procedimentos o dentista irá recorrer ao aparelho por repetidas vezes, tornando o uso cansativo.
Os fabricantes têm investido em tecnologia, mas também em conforto, para que os cirurgiões-dentistas trabalhem melhor, mesmo que por longos períodos. O produto precisa ser leve e anatômico, para evitar dores no punho, mãos ou braços.
O ideal é que tenha entre 77 e 190 gramas. A ergonomia é importante. Ele precisa ter ângulos que facilitem a visão e também o manuseio na hora de realizar os procedimentos. A fonte de energia é outro ponto que deve ser levado em consideração no momento da compra.
Os modelos à bateria têm sido os preferidos, pela vantagem de não ter fiação aparente, que possa atrapalhar ou até mesmo limitar os movimentos do dentista na hora do atendimento. Alguns modelos já vêm até com display e contador de segundos.
Garantia e manutenção compatíveis com o investimento
Dois itens importantíssimos na hora de optar por um determinado modelo de fotopolimerizador. A garantia e a fácil manutenção precisam corresponder ao custo do investimento, pois imprevistos podem acontecer. Porém o tempo de garantia depende diretamente do fabricante, mas em geral, eles concedem entre dois e até cinco anos.
A manutenção começa já quando o aparelho chega, pois precisa ser regulado. Para facilitar a operação, alguns modelos já saem de fábrica com radiômetro acoplado, o que facilita o acompanhamento da intensidade de luz e da potência emitida. A oferta de assistência técnica não pode ser esquecida.
Durabilidade do aparelho
A durabilidade de um fotopolimerizador está intrinsecamente ligada à qualidade do produto. A manutenção e até o seu armazenamento influenciam diretamente no seu tempo de uso. Os aparelhos mais modernos e com luz de LED são mais duráveis, podendo chegar a 10.000 horas de uso, sem filtros e não necessitam de refrigeração. São também mais silenciosos, com maior seletividade de luz e menor consumo de energia.
Modelos de fotopolimerizador mais populares no mercado
Como vimos, escolher o melhor fotopolimerizador pode não ser uma tarefa fácil, diante da diversidade de opções de modelos, tipos e acessórios que o mercado disponibiliza. Analisar com cuidados as características de cada aparelho e saber qual será o seu uso é fundamental para uma compra segura. Abaixo listamos algumas opções para facilitar a escolha dos fotopolimerizadores:
Schuster
O fabricante oferece vários modelos. Entre eles o Emitter B, que emite uma luz com comprimento de onda na faixa de 470 nm e é indicado para polimerização de resinas compostas que possuem canforoquinona como agente fotoiniciador; clareamento dental com peróxido de hidrogênio 35%, colagem de bráquetes e acessórios ortodônticos e para fixação de facetas e lentes de contato dentais.
Sem fio e com bateria de lítio, tem desligamento automático e ponteiras condutoras de luz que giram 360°. Já o Emitter faz polimerização de dez segundos para camadas compósitas de até dois milímetros. Cola bráquetes em até três segundos e no clareamento dental, a potência chega a 1.250 mw/cm². Sem fio, usa bateria de lítio substituível. A profundidade de polimerização é de seis mm e o temporizador para clareamento de cinco, dez, 15, 20, 30 e 40 segundos.
Outro modelo é o Emitter Now, que funciona com uma bateria de lítio em três programas: contínuo, ortho e high. Entre outras funções, emite luz com comprimento de onda na faixa de 420 nm a 480 nm, com polimerização em três segundos nas funções ortho e high com potência de 2.500 mw/cm².
BlueStar
Em relação ao design é feito em cores vibrantes, é um aparelho leve, o que proporciona mais conforto durante o trabalho.
Possui protetor de radiação luminosa em acrílico polarizado; corpo e base carregadora injetados em ABS e com opção de descanso de aplicador; sistema auto shut off, que após 20 segundos sem uso, o fotopolimerizador desliga automaticamente e ajuste de tempo de aplicação conforme cada modo de operação.
Valo Cordless
Produz luz de alta intensidade de 385 nm a 515 nm, capaz de polimerizar todos os materiais dentários. A caneta é leve, com design ergonômico, e a ponteira, com um ângulo de 5°, facilita o acesso a qualquer área, sem causar desconforto ao paciente.
Com três modos de operação distribui a luz uniformemente sobre a superfície dos dentes para fornecer resultados consistentes. Funciona com quatro baterias recarregáveis, com duração de 400 fotos, polimerização e cura do material em três segundos.
Vale Grand sem fio
Uma versão ainda mais robusta do modelo anterior possui uma lente 50% maior, projetada para cobrir um molar de dez mm para uma cura rápida e eficaz. A lente de 12 mm do Valo Grand tem a mesma potência e intensidade de feixe do Valor original. As duas canetas são leves, ergonômicas e duráveis. Funciona com quatro baterias recarregáveis e três modos de funcionamento.
Radii-cal SDI
Leve e com design ergonômico, é um fotopolimerizador que funciona no modo rampa, no qual a potência da luz aumenta gradativamente nos primeiros cinco segundos. A intensidade do LED é de 1.200 mw/cm², e a bateria tem autonomia de 1,2 mil fotopolimerização de dez segundos cada. Sem fio, funciona com bateria recarregável, oferece dois anos de garantia e não precisa de ventilação.
Elipar Deepcure
Garante um resultado seguro e previsível, com profundidade de cura uniforme e em profundidade. A radiância é de 1.470 mw/cm², e o comprimento de onda, de 430 nm a 480 nm.
Uma carga completa da bateria tem capacidade para 720 fotoativação de dez segundos, ficando totalmente descarregada em 120 minutos. É leve, tem dois botões e modo de operação único, com tempo de exposição de cinco, dez, 15 e 20 segundos e modo tack-cure (um segundo para remoção de excessos de cimentos).
Qual o preço de um fotopolimerizador em 2021?
A diversidade de tipos de aparelhos, bem como de preços é grande no mercado. Em média, é possível encontrar fotopolimerizador a partir de R$ 500,00 chegando a mais de R$ 6 mil, dependendo do modelo.
Conclusão
Presente em praticamente todos os consultórios odontológicos, o fotopolimerizador é usado em diversos tratamentos. Ele emite luz azul, com comprimento de onda entre 400 nm a 520 nm. Realiza o processo denominado polimerização, onde sua luz reage com alguns produtos odontológicos, endurecendo-os.
O aparelho é usado em praticamente todos os procedimentos que necessitem da luz para ativar os compostos químicos de resinas e outros materiais, que exijam uma secagem rápida.
Entre os tratamentos mais comuns estão as restaurações com resina, aplicação de selante dental, colagem de bráquetes e outros acessórios odontológicos e remoção de manchas brancas nos dentes.
A rapidez com que realiza o procedimento é uma das vantagens do aparelho. Os mais modernos usam lâmpada de LED e baterias recarregáveis como fonte de energia. O dia a dia no consultório odontológico exige que o profissional tenha em mãos instrumentos eficientes, mas também de fácil higienização no pós-consulta.
Por isso é preciso ficar atento às características dos fotopolimerizadores, que, além da cura rápida, precisam ser duráveis e uniformes; ter maior controle do tempo e da potência; conseguir alcançar os dentes posteriores com facilidade; seja leve e ergonômico; e apresente uniformidade do feixe de luz.
Desligamento automático e ponteiras condutoras de luz que giram 360° são fundamentais. A durabilidade também é importante. Por isso o aparelho precisa ser resistente para suportar possíveis impactos, porque quedas podem acontecer. Continue acompanhando nosso Blog. Várias novidades e textos legais estão por vir!