Os implantes dentários vêm se tornando mais comuns e acessíveis a todos. O implantodontista é o profissional responsável por realizar o esse procedimento.
Mesmo que o processo pareça simples à primeira vista, ainda mais considerando os avanços obtidos na Odontologia, apenas um especialista pode realizá-lo. Contudo, apesar da alta demanda no país, muitos dentistas ainda possuem dúvidas quanto a área.
Essas dúvidas são provenientes de diversos fatores: nomenclatura, funções a serem desempenhadas e até mesmo falta de conhecimento do tamanho da profissão. Por isso, no artigo de hoje você verá tudo sobre a profissão do implantodontista.
Falaremos sobre quem é o profissional, qual sua função e procedimentos de praxe, além de explicarmos a alta demanda no Brasil. Também abordaremos a questão salarial e as graduações necessárias para se tornar um especialista da área. Veja tudo a seguir!
Quem é o implantodontista?
O implantodontista nada mais é que o profissional especializado na realização de instalação de implantes dentários de todos os tipos. Ele também exerce o papel de reparar e substituir dentes deteriorados, além de prestar serviços gerais da saúde oral dos pacientes.
Para que o dentista possa trabalhar nessa área, é obrigatório que ele se especialize em uma área da Odontologia chamada implantodontia. Não entraremos em detalhe por hora, pois esse é um tema que será discutido nos tópicos a seguir.
O profissional realiza exames clínicos, faz planejamentos detalhados para cada paciente e é o responsável pelas cirurgias de instalação dos implantes. Pode realizar enxerto ósseo também.
Devido a grande procura dos brasileiros por serviços no setor, a profissão vem ganhando muito destaque, e novos especialistas são necessários. Existe espaço para todos os profissionais em diversos locais, como consultórios, hospitais, setor público etc.
Todo cirurgião dentista é um implantodontista?
Dúvidas como essas são comuns, afinal a Odontologia possui diversas nomenclaturas e profissões, podendo causar certa confusão. A resposta para a pergunta é: não, nem todo cirurgião-dentista é um implantodontista, e para entender precisamos analisar o que é um cirurgião-dentista.
O cirurgião-dentista é o profissional formado em Odontologia. Quando esse se especializa, ele recebe mais uma titulação. Como por exemplo, podemos citar um profissional que se especializa em implantodontia, ele será além de cirurgião-dentista, um implantodontista.
Qual a função de um implantodontista?
A principal função do profissional é realizar a reabilitação oral do paciente, e para isso ele deve promover diversos estudos do caso do paciente. É importante lembrar que cada um tem uma boca e reage de formas diferentes aos procedimentos e tratamento.
Um belo exemplo disso é a grande quantidade de tamanhos, larguras e comprimentos de parafusos, que só podem ser escolhidos após uma análise do paciente. O cirurgião-dentista precisa fazer uma inspeção em detalhes do paciente para não errar.
Em suma, a função do profissional é instruir e acompanhar o paciente antes, durante e após a cirurgia para instalação dos dentes, além de realizá-la.
Quais os procedimentos que um implantodontista faz?
O implantodontista realiza procedimentos como: avaliação do paciente, planejamento do tratamento, e execução do mesmo. É responsável pela reabilitação oral do paciente, tanto na parte cirúrgica como protética.
Reabilitação oral
A reabilitação oral é uma série de tratamentos e técnicas utilizados para devolver uma boa estética ao sorriso dos pacientes em geral. Também é responsável por devolver o aspecto funcional dos dentes, que podem estar com danos graves por diversos motivos.
É possível ver diversas áreas se unindo para fazer o tratamento de forma completa, e a implantodontia não fica de fora, sendo essencial no processo.
Qualquer paciente pode realizá-la, com a única exigência sendo a insatisfação com seu sorriso ou problemas funcionais. Dificuldades de mastigação, dores constantes ou perda de dentes são outros sintomas que levam pacientes a buscarem tratamento.
Como os motivos podem ser diversos, o estudo realizado terá que abordar todas as possibilidades de próteses, buscando a menos dolorosa para o paciente.
Avaliação do tipo de tratamento a ser indicado ao paciente
A primeira etapa para que um implante dentário seja bem realizado é a identificação do tratamento ideal a ser aplicado para cada paciente. Como dito anteriormente, diversas causas podem levar pessoas a buscarem substituir seus dentes com um implante.
Isso significa que existem tratamentos que vão responder melhor em um tipo de paciente que em outro. Há também a questão anatômica de cada região maxilo-facial e/ou bucal, gerando necessidade de adaptação do tratamento também.
Para realizar todos os ajustes precisos nos tratamentos de cada paciente, são realizados exames de imagens e laboratoriais, como tomografia computadorizada. É possível adaptar o tratamento no futuro, mas levará mais tempo para que o processo seja concluído.
Análise do tipo de prótese a ser aplicada em cada caso
É essencial que exista um alinhamento por parte do implantodontista com o protesista, já que ele confeccionará a prótese que será colocada no implante. Existem uma série de próteses diferentes, tanto para finalidade quanto seus materiais.
A prótese total é o modelo mais comum atualmente, composto por resina acrílica e necessitando de um trabalho minucioso para se obter um bom resultado. Contudo, seu desgaste é relativamente rápido e gera perda de estabilidade óssea na mandíbula.
Há também a prótese parcial removível, que é indicada para pacientes que possuem dentes na boca e não desejam removê-los. Grampos metálicos são colocados entre os dentes ainda saudáveis na boca do paciente para segurar a prótese na boca.
Existem diversos outros procedimentos, como coroa, que substitui apenas um dente e a prótese overdenture, ideal para pacientes com reabsorção óssea. Independente de qual for o problema do paciente, haverá uma prótese ideal para ele.
Realização de procedimento de implante dentário
A evolução da Odontologia fez com que as novas técnicas de implantes dentários diminuíssem seu tempo de procedimento e recuperação. O tratamento pode ser realizado no consultório, aplicando anestesia local, sendo consequentemente indolor.
A cirurgia se inicia com um pequeno corte na gengiva, possibilitando a visualização do osso por parte do cirurgião-dentista. O acesso ao osso é essencial para um bom andamento do procedimento cirúrgico.
Depois, é necessário perfurar o osso nos locais em que ele receberá os implantes, processo que é feito por brocas de alta pressão. Elas não causam danos adicionais ao osso e abrem o buraco de tamanho exato para o encaixe dos implantes.
A terceira parte consiste na instalação dos implantes em si, colocando todos os parafusos nos devidos lugares abertos com o processo anterior. Por fim, o profissional faz a sutura do local, preservando a qualidade do implante e a saúde oral do paciente.
Realização de enxertos ósseos e gengivais e de implantes dentários no complexo maxilo-facial
A função do enxerto ósseo é fornecer melhor base de apoio para o implante dentário, e ocorre quando os ossos maxilares do paciente não são suficientes para tal. O fator mais comum para esses implantes é a espessura do osso que reduz com o tempo e/ou doenças.
Ao realizar o procedimento, é possível utilizar implantes mais modernos, ainda que a perda óssea do paciente seja consideravelmente grande. Dessa forma, todo o tratamento pode ser bem sucedido e as questões funcionais e de aparência serão resolvidas.
O enxerto utilizado pode ter origens diversas, indo desde outra parte do corpo até materiais sintéticos que possuem as mesmas propriedades. Não há risco de o corpo rejeitar o enxerto sintético, já que todos os materiais são biocompatíveis.
O tempo de adaptação pode ser longo, levando alguns meses para que seja possível instalar o implante.
Acompanhamento do paciente após o procedimento
Como em toda cirurgia, o profissional precisa continuar acompanhando o paciente até o ponto em que ele tenha autonomia para retornar à sua vida normalmente. Inicialmente, o cirurgião-dentista deve recomendar um repouso de 48 horas ao paciente.
É vital que o paciente tome todas as medicações prescritas, que geralmente são analgésicos e anti-inflamatórios, e a automedicação deve ser rechaçada. É função do implantodontista orientar o paciente quanto às técnicas para não ferir a boca na higienização.
Compressas geladas são importantes para reduzir dores dos pacientes, pois elas contraem os vasos sanguíneos. O especialista precisa indicar uma alimentação correta também, prezando por alimentos gelados e líquidos.
Por fim, é indicado que o dentista indique a importância de o paciente voltar para outras consultas para que sua situação seja analisada.
A demanda fortíssima pelos serviços do implantodontista no Brasil
É cada vez mais comum encontrar pessoas com implantes dentários, pois o procedimento vem se tornando cada vez mais acessível. E por mais que o número de operações cresçam, ainda há margem para o aumento.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e confirmado pelo site Terra, o Brasil ainda possui 39 milhões de pessoas precisando de implantes. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar (Abimo), 800 mil operações do tipo são realizadas por ano.
As razões para o brusco aumento não estão somente na acessibilidade dos valores, mas também no aumento do número de profissionais da área. Isso faz com que a qualidade dos serviços e investimento em tecnologias para a área aumentem.
Como você pode notar, ainda há a possibilidade de captar muitos pacientes que precisam realizar esse serviço.
Como se tornar um implantodontista?
O primeiro passo para se tornar um profissional da área é fazer a graduação em Odontologia, que lhe permitirá se especializar. O próximo passo é selecionar a especialização certa para atuar, pois há diversos conhecimentos a serem adquiridos.
O ideal é que o dentista se forme em um curso de especialização em implantodontia, pois essa é a área mais específica para a execução do trabalho. Não é possível completar esse curso de maneira virtual, pois exige muito trabalho prático e cotidiano.
Ao concluir a especialização, o profissional já será capaz de diagnosticar, planejar e realizar implantes, sendo as cirurgias simples ou complexas. É vital que antes de se inscrever na instituição, o dentista cheque se ela é credenciada junto ao Conselho Federal de Odontologia (CFO).
Cursos para poder atuar nessa especialidade
É possível encontrar diversos cursos relacionados à área, possuindo diferentes valores, tempo de duração e carga horária. Existem cursos com foco na área acadêmico-científica, buscando sempre inovações para o setor e analisando pacientes.
Também há aqueles mais práticos, que se referem a especialização de certas cirurgias mais complexas, por exemplo. Falando apenas sobre a pós-graduação em implantodontia, reunimos algumas instituições que podem ser interessantes.
O primeiro local é a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que possui curso de especialização de 24 meses A universidade é conceituada em todo o país e conhecida por sua excelência no ensino.
Outro lugar interessante é a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Diferente da UFMG, a PUC oferece cursos de mestrado em implantodontia para seus alunos, também sendo conceituada em todo o país.
É recomendado inscrever-se como especialista em implantodontia no CRO respectivo
A inscrição como especialista em implantodontia no Conselho Regional de Odontologia (CRO) do seu estado não é obrigatória. Contudo, apesar de ser um procedimento que vem se tornando acessível, ele ainda possui valor elevado em relação a outros.
Isso faz com que pacientes pesquisem muito antes de iniciar um tratamento, e demonstrar credibilidade é essencial. Ao realizarem o cadastro, todos os pacientes que entrarem nos sites dos conselhos poderão se certificar que você é um profissional qualificado.
Até por isso é tão importante cursar uma pós-graduação em uma universidade credenciada, já que o CRO não vai aceitar sua formação caso não reconheça sua instituição.
Quanto ganha um implantodontista?
De acordo com o site Salários.com, juntamente com Novo CAGED, eSocial e Empregador Web, um cirurgião-dentista implantodontista ganha em média R$ 4.118,80 no mercado brasileiro. A carga horária média da profissão é de 40 horas semanais.
A faixa salarial do implantodontista está entre R$ 3.500,00 salário médio da pesquisa e o máximo de R$ 10.489,84, considerando R$ 3.759,18 a média do piso salarial 2021. Todos os dados são referentes à profissionais em regime CLT de todo o Brasil.
Saiba tudo sobre a implantodontia aqui no blog Empreendedor Dentista
Você viu bastante sobre o cargo do implantodontista, mas caso queira visualizar a situação de modo mais amplo, como área da Odontologia, possuímos um artigo. Nele, você verá qual é a definição de implantodontia e quais são as vantagens de oferecer o tratamento em sua clínica.
Além disso, citamos diversas outras informações úteis, como cuidados com o paciente, principais tratamentos e custos médios de implantes dentários. Se você se interessou pela profissão, certamente gostará do artigo que fala sobre a área de modo mais amplo!
Conclusão
A perda de dentes ou a parte funcional deles compromete a vida de qualquer pessoa, seja por incapacidade de realizar ações ou autoestima. O implantodontista é o profissional responsável reabilitação oral dessas pessoas.
Ele é o profissional que foca em restabelecer a condição perfeita da arcada dentária, e para isso conta com uma série de aparatos profissionais. Com muito estudo, ele sabe identificar, personalizar o tratamento individualmente e tratar cada paciente.
É indispensável que um implantodontista bem qualificado esteja presente em toda clínica, pois a demanda vem crescendo no Brasil.
Agora que você sabe tudo sobre a profissão, que tal conferir nosso artigo que fala de protocolos sobre implantes? Com certeza você irá gostar!