Anestesia de Dentista: Guia Completo Sobre Esse Procedimento

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anestesia dentaria dentista anestesiando a paciente

Existem muitos tipos de anestesia dentista no mercado. Escolher bem o tipo de anestesia facilita a realização dos tratamentos odontológicos tanto para o profissional como para o paciente, visto que ajuda a evitar a sensação de desconforto ou dor que pode surgir durante a intervenção.

Além disso, a anestesia dentária não causa, geralmente, uma dor insuportável. Mas, ainda assim, a maior parte dos pacientes têm dúvidas e medo.

A “picadinha”, que é muito comum em diversos procedimentos, é motivo para que muitas pessoas adiem tratamentos importantes, prejudicando assim sua saúde oral.

A anestesia no dentista não deve ser um motivo para fugir da consulta. Pelo contrário, ela ajuda o paciente a sentir menos dor e evita que o problema se agrave.

Entretanto, algumas pessoas sofrem com os efeitos colaterais das anestesias.

Por isso, elaboramos esse texto a respeito da anestesia de dentista e tudo sobre o que você precisa saber sobre esse procedimento.

Como funciona a anestesia dentária?

anestesia dentista agulha fina

Todas as sensações que temos são resultados do que acontece em nosso cérebro. Os nossos neurônios se conectam uns aos outros, ou a receptores, para passar informações, mensagens, estímulos e decodificá-los.

Dentre os receptores existentes, temos os nociceptores. São eles que enviam o sinal da percepção da dor, que é transmitido quando o estímulo tem a possibilidade de causar algum dano.

Esses receptores são ligados a nervos que percorrem todo o nosso corpo. Quando uma parte do corpo sofre um tipo de lesão, como uma queimadura, por exemplo, as células dos nervos liberam prostaglandinas e leucotrienos, que fazem aumentar a sensibilidade dos nociceptores.

Ao manejar a dor, por meio de um anestésico, inibe-se a percepção dela, diminuindo assim sua sensibilidade, inibindo também a transmissão de impulsos aos receptores.

O papel da anestesia é justamente o de impedir a passagem dos impulsos nervosos. O mecanismo de transmissão da dor é interrompido por ela.

Há nesse mecanismo um bloqueio dos canais de sódio. Isso impede a despolarização neuronal e, assim, a célula é mantida em estado de repouso.

A anestesia dentária, quando na forma de anestesia local, bloqueia apenas a condução nervosa onde é aplicada. Nesse caso, retira a sensibilidade da gengiva. Já com a anestesia geral, a pessoa fica inconsciente.

Uma vez que é necessário escolher o anestésico que será utilizado em determinada situação clínica, o cirurgião-dentista precisa considerar alguns fatores importantes, entre eles:

Fator clínico do paciente:

  • Tipo de procedimento a ser realizado;
  • Período de tempo de duração do procedimento;
  • Necessidade de hemostasia;
  • Necessidade ou não de controle da dor pós-operatória.

Fator sistêmico do paciente:

  • Pediátrico;
  • Gestantes;
  • Diabéticos;
  • Insuficiência renal;
  • Asmáticos;
  • Alterações cardiovasculares (angina, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias, etc);
  • Hipertensos;
  • Porfirias hepáticas.

Para que serve a anestesia do dentista?

Esse é o procedimento adotado para evitar que o paciente sinta dores ou desconfortos, enquanto passa pelo tratamento odontológico.

São utilizadas substâncias que inibem os impulsos nervosos, reduzindo a sensibilidade de uma determinada região do corpo.

Quando o anestésico é aplicado, os tecidos ficam adormecidos e o profissional consegue realizar as técnicas sem que o paciente sinta nada.

Por isso, a anestesia é tão importante. Afinal, ela preserva o conforto do paciente, visando que ele fique mais tranquilo e seguro durante o atendimento.

Não são todos os procedimentos odontológicos que requerem a aplicação da técnica, porque nem sempre o paciente sentirá dor ou desconforto no tratamento.

Os anestésicos apenas são recomendados para os casos em que existem esses riscos.

Cáries profundas, extração dentária, tratamento de canal e outras técnicas um pouco mais complexas são casos que exigem que o paciente esteja anestesiado.

Mas para fazer a remoção do tártaro, tratar uma cárie superficial ou fazer a profilaxia, em que não há dor, essas substâncias não são necessárias.

O procedimento anestésico também é necessário para atender pacientes que são mais sensíveis à dor. Isso acontece em função de uma característica do organismo da pessoa ou por ela ser muito ansiosa e insegura.

Neste último caso, as sensações tendem a ser ampliadas, em razão do estado de alerta.

Quais são os tipos de anestesia do dentista?

As anestesias dentárias adotadas em clínicas odontológicas são, normalmente, de efeito apenas local. Mas existem alguns casos que demandam anestesia geral.

Anestésicos Tópicos

Os anestésicos tópicos estão disponíveis nas formas de gel, líquido e spray. Entretanto, a forma mais utilizada pelos profissionais é o gel, aplicado com um rolinho de algodão ou cotonete diretamente sobre o tecido mucoso.

Normalmente, são utilizadas lidocaína (10%) ou benzocaína (20%) em forma de gel tópico, com sabor preferencialmente para a anestesia local em crianças.

A mucosa deve ser seca com gaze e uma pequena quantidade de anestésico produzirá o efeito em aproximadamente 1 a 2 minutos. Este procedimento é essencial antes da injeção da solução anestésica com a agulha.

Anestesias Injetáveis

Existem 4 tipos de anestésicos locais injetáveis. São elas: a anestesia por infiltração, bloqueio de campo, bloqueio de nervos e injeção sem agulha.

Anestesia por infiltração: é feita por injeção sob a membrana mucosa ou o periósteo. Ela é escolhida quando o dentista precisará trabalhar em uma pequena região apenas.

Anestesia bloqueio de campo: é depositada em ramos terminais maiores de um nervo. Isso significa que vai abranger um espaço um pouco maior do que a anestesia por infiltração.

Anestesia bloqueio de nervo: é a que abrange uma área ainda maior. Sua aplicação é feita longe do local que será mexido, pois bloqueia o tronco nervoso principal da área.

Injeção sem agulha: é uma técnica mais recente. Ela beneficia aqueles que têm muito medo da injeção normal, em especial as crianças.

Dependendo do procedimento a ser realizado, dos exames do paciente e do seu histórico, pode ser aplicada em pacientes de qualquer idade. Essa técnica é feita por pressão de um jato, por meio de um orifício de 0,15 mm.

O líquido penetra na mucosa e é, em seguida, pulverizado, sendo distribuído no local adequado.

Esse novo procedimento apresenta tanta eficácia quanto o tradicional e é praticamente indolor. Porém, o tempo de duração é menor e, por isso, é usado em intervenções mais rápidas.

Sedação

A sedação endovenosa, vem sendo utilizada a cada dia mais, em procedimentos odontológicos. Ela permite que a pessoa durma em sono profundo, perca a consciência temporariamente, os reflexos do organismo e a sensibilidade.

Por atuar inibindo os reflexos musculares, é recomendado que o paciente esteja em jejum de, no mínimo, 6 horas.

Isso porque se algum alimento entrar nas vias respiratórias, por exemplo, ele não vai conseguir expelir, e isso pode trazer riscos sérios aos pulmões.

Os pacientes propensos a esse tipo de anestesia são aqueles que têm a possibilidade de não colaborarem durante a intervenção.

Pessoas com problemas mentais, por exemplo, podem não entender que devem ficar deitadas e quietas e se levantarem da cadeira à força. Isso, além de dificultar o trabalho do dentista, pode colocar o paciente em risco.

Pacientes que tomam anestesia geral devem ter seus sinais vitais monitorados, como os batimentos cardíacos, a respiração e a pressão, durante todo o tempo.

Por isso é importante a presença de um médico anestesiologista, durante todo o procedimento.

Quais são os benefícios da anestesia dentária?

anestesia dentista paciente

Diversos estudos apontam que cerca de 50% da população têm algum grau de ansiedade para ir ao dentista.

O barulhinho do motor e as agulhas servem para o consultório odontológico estar entre os lugares que as pessoas não querem estar.

Para diminuir o mal-estar, é sempre bom saber que existem anestesias. Com o procedimento, paciente e dentista conseguem trabalhar mais relaxados.

Esse é o procedimento adotado para evitar que o paciente sinta dores ou desconfortos, enquanto passa pelo tratamento odontológico.

São utilizadas substâncias que inibem os impulsos nervosos, reduzindo a sensibilidade de uma determinada região do corpo.

Quando o anestésico é aplicado, os tecidos ficam adormecidos e o profissional consegue realizar as técnicas sem que o paciente sinta dor.

A anestesia preserva o conforto do paciente, visando que ele fique mais tranquilo e seguro durante o atendimento.

Quais são os riscos da anestesia do dentista?

anestesia dentista ferramentas

Os riscos da anestesia local são raros. É comum sentir uma dormência na bochecha assim que sair do consultório e ela também pode ficar um pouco inchada.

Por não ter a sensibilidade presente nesse momento, você pode não sentir quando toca nos seus lábios. Por isso, se você for tomar algum líquido em um copo, não vai sentí-lo e poderá se molhar.

Algumas pessoas relatam também uma dormência nas pálpebras, o que pode causar certa dificuldade de piscar os olhos. Nesse caso, mantenha os olhos fechados para evitar o ressecamento.

No local em que foi inserida a agulha, pode ser percebido um inchaço com acúmulo de sangue. Isso acontece se a agulha atingir um vaso sanguíneo no momento da aplicação, mas logo aquele sangue é reabsorvido.

Ainda podem ser relatados efeitos como visão turva, espasmos musculares no rosto e sensação de pontadas ou agulhadas na boca.

Assim que a anestesia for aplicada, você pode sentir aceleração dos batimentos cardíacos. O normal é que só dure uns 2 minutos. Mas avise seu dentista!

Danos aos nervos são bem raros de acontecer. Se a agulha pegar algum nervo, você sentirá dormência e dor, que poderão durar até alguns meses.

Por isso, é importante procurar um profissional qualificado e de confiança para o tratamento.

E a anestesia geral?

A anestesia geral pode causar vômitos, enjoo, tontura, dor de cabeça e alergias. Alguns pacientes também relatam amnésia e fala arrastada por um tempo depois que acordam.

Em pacientes saudáveis, é bem difícil que aconteça uma complicação mais séria. Mas aqueles que já sofrem de algum problema do coração, pulmonar, renal ou hepático enfrentam alguns riscos a mais. Relate todas as suas condições atuais ao profissional.

As anestesias hoje em dia estão bem evoluídas e não apresentam mais os perigos que tinham antigamente.

Em quais situações o dentista pode usar a anestesia?

A anestesia é utilizada pelos dentistas aos pacientes, em procedimentos em que o mesmo pode sentir incômodo.

Quando um dente cariado precisa ser restaurado, o dentista anestesia a área referente ao redor do dente.

Quando é preciso remover os dentes do siso também deve-se anestesiar a região referente.

Embora os tratamentos de canal tenham se tornado muito mais fáceis ao longo dos anos, eles são outro exemplo da necessidade de anestesia.

Para quem é contra indicado a aplicação da anestesia dentária?

Anestesia é um procedimento muito seguro e a variedade de medicamentos disponíveis proporciona muita segurança.

Mas, antes de administrar essa medicação, o profissional necessita que o paciente lhe responda um breve questionário de saúde, que determina o risco anestésico e cirúrgico.

Com base em suas respostas, o profissional terá condições de informar se ele está apto a submeter-se a tratamento odontológico com anestesia.

Gestante ou Lactante

A mulher grávida ou que está amamentando pode realizar os procedimentos no dentista normalmente, mesmo que haja exigência de anestesia.

As medicações contidas na anestesia usada pelo dentista podem ser utilizadas tanto pela gestante quanto pela mulher em aleitamento materno.

Mesmo assim, é prudente informar essas condições ao profissional para que fique ciente, em caso de alguma necessidade. Ele saberá o tipo de anestesia mais indicada para a paciente.

Casos de problemas cardíacos

Existe contra indicações, e elas podem estar relacionadas ao agente anestésico ou ao vasoconstritor.

Com relação ao vasoconstritor, os pacientes com doenças cardíacas graves, e também pressão alta não tratada ou não controlada, diabetes mellitus não controlada, hipertireoidismo, feocromocitoma, sensibilidade aos sulfitos e usuários de antidepressivos tricíclicos, compostos fenotiazínicos, cocaína e “crack”, têm limitações no uso de anestésicos.

Se o paciente apresentar algumas dessas alterações, o uso do anestésico pode estar temporariamente contra indicado. Nesse caso, ele é encaminhado ao profissional médico habilitado e após a sua liberação, o procedimento de anestesia é realizado.

Com o passar da idade, muitas alterações podem aparecer, as quais podem contra-indicar ou não o procedimento.

Doenças da infância, como bronquite e asma, devem ser relatadas ao profissional. Elas não necessariamente o impedirão de tomar anestesia, mas será uma atenção a mais para o dentista na hora.

Alergias também são aspectos essenciais a serem verificados, pois uma possível alergia a qualquer componente da anestesia pode colocar em risco a vida do paciente.

Consumo de álcool

O consumo de álcool e todos os medicamentos que o paciente toma também devem ser relatados, inclusive antidepressivos, medicações que aumentam o desempenho sexual ou mesmo drogas ilícitas.

Muitos deles podem interferir no resultado na anestesia, diminuindo sua eficácia ou, em algumas situações, ocasionando graves comprometimentos à circulação ou ao coração.

Existem efeitos colaterais da anestesia dentária?

anestesia dentista agulha

São poucos os efeitos colaterais de uma anestesia local, mas eles surgem às vezes. A dormência sentida além da parte da boca anestesiada é muito comum.

Após o efeito anestésico, essa dormência passa. Listamos mais alguns:

  • Incapacidade de piscar: caso você não consiga piscar um de seus olhos, seu dentista pode fechá-los até que a dormência passe, para que eles não ressequem.
  • Hematoma: descrito como um inchaço com acúmulo de sangue, isso pode ocorrer caso a agulha atinja um vaso sanguíneo no momento da injeção.
  • Arritmia cardíaca: a droga vasoconstritora presente na anestesia pode elevar seu ritmo cardíaco durante um minuto ou dois. Certifique-se de mencionar isso ao seu dentista caso você perceba.
  • Danos aos nervos: caso a agulha atinja diretamente um nervo, o resultado pode ser dormência e dor, que podem durar semanas ou meses.

Como funciona a aplicação da anestesia dentista?

Existem muitos tipos de anestesia odontológica nos dias atuais. A escolha do tipo certo de anestesia odontológica para cada caso é fundamental. Isso porque traz benefícios tanto para o profissional como para o paciente.

Existem dois tipos de anestesia odontológica de acordo com a maneira como é administrada.

  • A anestesia infiltrativa é aquela que se aplica através de uma agulha numa zona da cavidade oral. Sua administração é mais dolorosa e tende a provocar maior reação de medo no paciente.
  • A anestesia tópica é aplicada por meio de um gel ou aerossol. Não provoca qualquer medo ao paciente e não é dolorosa. Porém, apresenta efeito e duração menores.

Nesse sentido, há alguns cuidados durante a aplicação que podem melhorar a satisfação do seu paciente, e que podem ser feitos rapidamente durante o procedimento.

Em primeiro lugar, utilize agulhas com silicone. Elas fazem com que a penetração na mucosa seja mais suave e o paciente sinta menos dor. Além disso, evitam que o tecido se rasgue.

Em seguida, aqueça levemente o anestésico, seja com um isqueiro ou fazendo calor com as próprias mãos. Isso impede que a diferença na temperatura ambiente e do corpo do paciente ocasione dores.

Por fim, faça a injeção lentamente. Quanto mais devagar a solução penetrar nos nervos do paciente, menos incômodo ele sentirá durante a aplicação.

Como diminuir o desconforto durante a aplicação?

O desconforto da picada pode ser diminuído com o uso de pomadas ou sprays anestésicos.

Esses produtos são bastante utilizados para o tratamento de crianças, mas também podem ser aplicados em adultos.

Tanto as pomadas quanto os sprays acabam minimizando a dor da penetração da agulha.

Pacientes que têm muito medo do dentista ou alta sensibilidade à dor, podem pedir ao dentista que aplique ou que receite o produto mais adequado.

Nesses casos, o próprio paciente pode adquirir e fazer a aplicação antes da consulta.

Quais são os tipos de agulha para anestesia dentista?

As agulhas para anestesia são de aço inoxidável e o seu tamanho varia entre 32 mm e 10 mm. Os tamanhos utilizados dependem dos tratamentos.

A agulha é enroscada na seringa e consiste em 4 peças: o bisel, o eixo, o conector e o adaptador da seringa.

Cada um destes elementos tem características diferentes: O bisel tem três tamanhos, que são identificados por cores: longo, identificado com cor amarela; médio, cor laranja; curto, cor azul, e extracurto, cor violeta.

As agulhas são descartáveis, ou seja, utilizadas num único paciente e, posteriormente, é muito importante depositá-las em contentores de resíduos sanitários para uma correta destruição.

Cuidados antes e após a aplicação da anestesia do dentista

É aconselhável que você faça uma consulta com o profissional antes do procedimento. Nesse encontro, o especialista poderá verificar seu histórico médico individual, como doenças, alergias, remédios que você toma no momento, e outros pontos que ele achar necessário.

Se você tiver uma inflamação no dente, é possível que a anestesia não faça efeito, ou faça bem pouco. Sendo assim, é importante primeiro resolver o problema para depois se submeter ao tratamento odontológico.

Após a finalização do procedimento, é preciso ficar atento ao efeito da anestesia dentária, para não se machucar, mordendo alguma parte da boca. Por isso, separamos algumas dicas para esse efeito passar mais rápido:

  • Fazer uma compressa morna: isso ajuda a ativar a circulação do sangue e, assim, a anestesia tende a durar menos;
  • Massagear o rosto: faça uma massagem com a ponta dos dedos de forma bem leve, para não se machucar;
  • Mastigar devagar: mastigue um alimento frio, como sorvete, açaí ou pedaços de fruta gelada com o lado oposto ao que foi anestesiado;
  • Tomar água: o líquido contribuirá para o aumento da circulação e da produção de urina;

Ficar com o rosto anestesiado por algumas horas depois da ida ao dentista pode ser realmente incômodo. Mas lembre-se de que passando o efeito da anestesia, o paciente sentirá as dores do procedimento que foi realizado.

A retirada do siso, por exemplo, terá um machucado ali em processo de cicatrização. O fato de ficar um tempo mexendo no mesmo local também o deixa dolorido.

Normalmente, a anestesia dura de 2 a 3 horas, então não precisa ficar muito ansioso para que o tempo passe logo.

Como diminuir o tempo da anestesia do dentista?

O segredo para fazer a anestesia do dentista passar mais rápido é aumentar a circulação sanguínea da região da boca, o que pode ser feito com truques simples e rápidos, entre eles:

  • Massagear a boca;
  • Mastigar devagar;
  • Colocar compressa morna no rosto;
  • Tomar muita água.

Perguntas comuns sobre a anestesia dentista

anestesia dentista dentista atendendo

Confira abaixo as perguntas mais comuns sobre a anestesia dentista.

A aplicação da anestesia dentária dói?

A anestesia em si resulta em uma picada de agulha, pois é necessário injetar a solução anestésica. Se feito com calma, devagar e com a técnica adequada, a anestesia não dói.

Ela gera sim um incômodo pela picada da agulha e durante a injeção da solução anestésica, o paciente sente um desconforto, mas não se pode dizer que a anestesia dói, depende muito da técnica.

Além disso, se a região a ser anestesiada está inflamada, a anestesia pode “demorar a pegar”, pois a inflamação e a infecção fazem com que a solução anestésica não seja absorvida da maneira adequada, pois uma região inflamada e infectada tem pH alterado, o que dificulta essa absorção.

Muitas vezes os pacientes confundem isso, achando que a anestesia dói e “não pega” quando o dente está infeccionado, mas o incômodo da anestesia é somente pela punção da agulha e a pressão sofrida durante a injeção da solução anestésica.

O que fazer em casos de edema após a anestesia dentária?

Os efeitos da anestesia podem gerar complicações locais e gerais para algumas pessoas, como os edemas. Eles são causados quando vasos sanguíneos são acidentalmente lesados durante a introdução da agulha e acontece extravasamento de sangue aos tecidos.

O paciente deve ser alertado que, em caso de hematoma, não há tratamento, pois desaparece espontaneamente em uma ou duas semanas. O uso e compressa quente e ainda pomadas anticoagulantes ou fibrinolíticas aceleram o processo de disseminação do hematoma.

O que fazer em casos de dores de cabeça após o procedimento?

Nenhum tipo de anestesia dentária resulta em dor de cabeça como sequela. Se caso essas sensações não desaparecerem ao passar o efeito da anestesia, ou se após 24h a região ainda estiver anestesiada, é importante que o paciente procure imediatamente seu cirurgião-dentista.

Quais os materiais que compõem a anestesia dentária?

Os materiais usados para a anestesia dentária devem estar organizados previamente ao atendimento e cobertas por um campo estéril, para evitar com que o paciente veja a agulha ou outros instrumentais que causem medo e ansiedade.

A bancada deve conter:

  • Seringa carpule com auto aspiração;
  • Solução de clorexidina a 0,12%;
  • Tubetes anestésicos;
  • Rolinho de algodão esterilizado;
  • Anestésico tópico de sabor agradável, evitando o sabor de menta devido seu ardor;
  • Abridor de boca;
  • Agulha curta e extra curta;
  • Gaze estéril.

Os anestésicos são fármacos utilizados para bloquear temporariamente a condução dos impulsos nervosos, levando à perda ou diminuição da sensibilidade dolorosa.

O estímulo doloroso é transmitido pelas fibras nervosas desde sua origem até o cérebro, na forma de potenciais de ação e propagados por despolarizações transitórias das células nervosas, devido às entradas de íons sódio através dos canais de sódio.

Os anestésicos são bases fracas pouco solúveis em água e instáveis, por isso é adicionado à esta base um ácido forte (clorídrico) dando origem ao sal: Cloridrato.

Este sal confere maior solubilidade aos tecidos e torna a solução estável. O cloridrato tem pH ácido variando de 3,3 a 5,5, dependendo da presença da substância vasoconstritora.

O anestésico é composto por:

  • Porção hidrofílica (amina): que permite a entrada da solução na área tecidual;
  • Porção lipofílica (aromático): permite difusão do anestésico pela bainha mielínica durante condução;
  • Cadeia intermediária: éster ou amida que une as porções hidro e lipofílica, e permite a classificação anestésica.

Qual é a anestesia mais forte?

As técnicas para inibir a dor já evoluíram bastante desde que a anestesia foi criada, por isso, não faltam opções de anestésicos odontológicos.

Em cada tipo de anestesia, alguns critérios como características do paciente e qual procedimento será realizado são levados em consideração na hora da escolha.

  • Lidocaína: É considerado o anestésico padrão na Odontologia e costuma ser utilizado para procedimentos de duração média e também é o mais indicado para gestantes.
  • Articaína: Ao contrário da lidocaína, esse é um anestésico de longa duração e não é apropriado para gestantes, podendo oferecer alguns riscos tanto para a mãe quanto para o feto.
  • Prilocaína: Essa substância tem as mesmas características da articaína, também deve ser evitada em gestantes e pacientes que apresentam hipotireoidismo, diabetes e ansiedade.
  • Mepivacaína: Este anestésico é outra opção para os procedimentos de duração intermediária. Entretanto, essa substância tem toxicidade e potência duas vezes mais forte que a lidocaína.
  • Bupivacaína: Este anestésico é o que apresenta duração mais longa e sua diferença para os outros tipos é bem significativa. Pois, a potência da bupivacaína é quatro vezes mais forte que a da lidocaína.

Nomes da anestesia dentista

São 3 os tipos de anestésicos: os ésteres, amidas e os vasoconstrictores.

Ésteres: os anestésicos do grupo dos ésteres apresentam a desvantagem de formar soluções menos estáveis. Os representantes mais conhecidos deste grupo são os compostos derivados do ácido paraminobenzóico (PABA), conhecidos como: procaína e tetracaína. Em Odontologia, a Benzocaína é o éster mais utilizado como anestesia tópica.

Amidas: os anestésicos do grupo amida apresentam maior estabilidade a esterilização e reações de hipersensibilidade menos frequentes do que do tipo éster. São representados por: lidocaína, prilocaína e mepivacaína, sendo estes três os mais utilizados na Odontopediatria.

Vasoconstritores: são adicionados aos anestésicos locais para contrair os vasos sanguíneos no local de injeção. Isso diminui a absorção de anestésico local para dentro do sistema circulatório, diminuindo o risco de intoxicação e aumentando o tempo de ação do anestésico no local. Outra vantagem é a hemostasia local que favorece os procedimentos cirúrgicos.

Tipos de vasoconstrictores:

  • Epinefrina
  • Norepinefrina
  • Levonordefrina
  • Felinefrina
  • Felipressina

O uso de anestésicos sem vasoconstritores só é indicado em pacientes com cardiopatias graves como: angina instável, infarto recente do miocárdio ou cirurgia para colocação de marcapasso, insuficiência cardíaca congestiva não controlada, arritmias não controladas e hipertensão severa.

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Conclusão

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A anestesia dentária é um procedimento seguro e não há razão para ter medo. Com ela, diversos procedimentos odontológicos podem ser realizados com tranquilidade e sem o paciente sentir dor.

A anestesia em si não dói. O que o paciente sente é somente a picada da agulha e uma leve sensação de desconforto durante a injeção da solução anestésica.

Grávidas, lactantes ou aqueles que são portadores de algum problema de saúde, é importante informar ao profissional responsável pelo atendimento. Ele saberá indicar se a anestesia dentária é contra indicada ou não.

Após a finalização do procedimento, o paciente pode sentir alguns efeitos colaterais, os quais devem passar junto com o efeito da anestesia. Além disso, ter cuidado ao mastigar nesse período, é fundamental para não machucar.

Caso o efeito da anestesia não passe em até 24 horas, é preciso ter acompanhamento próximo junto ao paciente.

Para saber mais sobre a Odontologia, continue acompanhando nossos posts e não perca a leitura do próximo texto!

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